Posto em Praia Grande é fechado por venda de combustível adulterado
quinta-feira, 19 de maio de 2011Mais um posto de combustível foi fechado na Baixada Santista por comercializar produto adulterado.
A operação De Olho na Bomba, da Secretaria da Fazenda de São Paulo, cassou a inscrição estadual do Auto Posto Rede Sonic Ltda, localizado na Av. Ayrton Senna da Silva, no bairro Tude Bastos, cidade de Praia Grande.
Em nota, a Secretaria da Fazenda informou que as amostras coletadas na operação indicaram 31% de álcool misturado à gasolina, sendo que o permitido é de 25%.
Com esta interdição, sobe para 850 o número de postos que tiveram a inscrição estadual cassada em todo o Estado de São Paulo desde o início da operação, em 2005.
Na área de atuação da Delegacia Regional Tributária do Litoral, que abrange 23 municípios da região, existem 284 postos de combustíveis em atividade. Com o objetivo de combater a venda de combustível adulterado e sonegação, a Operação De Olho na Bomba já cassou a inscrição estadual de 31% desses estabelecimentos. Somente na cidade de Praia Grande existem 30 postos em atividade. Com esta cassação, a cidade passa a ter dezesseis postos lacrados por adulteração nas amostras coletadas.
O Fisco paulista tem autoridade para cassar a eficácia da inscrição estadual desses estabelecimentos com o intuito de inibir a comercialização de combustível adulterado e a sonegação de impostos. Esta permissão está amparada na lei 11.929, de 12 de abril de 2005, regulamentada pelas Portarias CAT 28, 32, 61 e 74/05.
Como funciona
A fiscalização consiste em aferir bombas, conferir os dados cadastrais do estabelecimento e coletar amostras do combustível comercializado, que são encaminhadas à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para análise. Estão sujeitos à fiscalização postos de combustíveis, distribuidoras e transportadoras.
No caso de infração, os postos são impedidos de funcionar e têm lacrados os tanques que contenham combustíveis, além de suas respectivas bombas de abastecimento. De acordo com a lei, os sócios (pessoas físicas ou jurídicas) do estabelecimento ficam impedidos de exercer o mesmo ramo de atividade pelo prazo de cinco anos, contados da data de cassação.
A legislação estadual prevê a cassação da inscrição estadual de postos, distribuidoras e transportadores flagrados com combustível fora das especificações, além de multas da Secretaria da Fazenda, por sonegação fiscal, e do Procon, por lesão ao Código de Defesa do Consumidor, e abertura de inquérito policial, no qual os proprietários respondem a processos civis e criminais.
A lista completa de postos de combustíveis cassados pode ser consultada no site da Secretaria da Fazenda (fazenda.sp.gov.br). Basta acessar a opção “Consulta de postos cassados”. Para denunciar posto suspeito de comercializar combustível adulterado, o contribuinte pode ligar para a Ouvidoria da Secretaria nos telefones (11) 3243-3676 e (11) 3243-3683 ou enviar um e-mail para ouvidoria@fazenda.sp.gov.br.
Fonte: A Tribuna