O mercado de trabalho na Baixada Santista sofreu um grande revés no primeiro mês do ano, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho.

Em janeiro deste ano foram fechadas 1.497 postos de trabalho. O resultado apesar de acompanhar a tendência do último mês do ano, quando o saldo entre demissões e admissões foi de –1.478 vagas, está muito abaixo do verificado no mesmo período do ano passado. Na época, apesar do resultado negativo, foram registradas a perda de apenas 448 vagas.

Na região, apenas duas cidades apresentaram saldo positivo em janeiro. São elas Itanhaém (165) e Mongaguá (4). Na outra ponta da tabela estão cidade de São Vicente, que registrou a perda de 520 vagas com carteira assinada e Santos com saldo negativo de 480 postos de trabalho .

Na sequência aparecem Cubatão (-221), Guarujá (-220), Praia Grande (-136), Bertioga (-52) e Peruíbe (-37).

Para o economista Hélio Halite, professor da Universidade Santa Cecília (Unisanta), o mau desempenho da região é reflexo da crise econômica que abala os países da Europa e também dos Estados Unidos.

”Seguramente, apesar da impressão do consumo acelerado, tivemos um Natal morno. A contratação de temporários foi, de certa forma, contida. Houve uma percepção por parte dos empregadores. Estamos em um período de crise econômica mundial e sentimos o reflexo disso nas contratações”, explicou.

Apesar dos dados negativos no início do ano, Halite está otimista para a criação de novos postos na cidade de Praia Grande região ainda no primeiro semestre. “Em Santos há um fenômeno diferente. Nos próximos meses, a inauguração de um terminal portuário na Cidade irá gerar a contratação de até 2 mil pessoas. Isso sem dúvida irá estimular a economia e estes resultados se refletirão em outros municípios da região”, comenta.

Fonte: A Tribuna