O interessado na cobertura de 630 m² à venda por R$ 2,8 milhões na orla da praia tem que agendar a visita com cinco dias de antecedência e apresentar seus documentos para ter a ficha vasculhada.

São regras de segurança no prédio de alto padrão.

Mas quem pretende fechar um negócio na mesma hora tem como opção outra cobertura, que os corretores negociam por R$ 2,5 milhões, num edifício ainda em obras.

Nele, está avançada a construção da piscina de 8 m x 3 m, privativa do apartamento do 19º andar, com acesso por elevador panorâmico e ampla vista do mar.

Quem passa hoje pela orla da Praia Grande (71 km de SP) depara-se com empreendimentos do tipo, que não fazem jus à fama de “terra da farofa” adquirida há mais de três décadas pelo município do litoral sul.

O destino segue popular, ainda carece de bons hotéis, mas a antiga reputação parece uma coisa do passado.

Alto padrão

A quantidade de prédios de alto padrão, prontos ou erguidos na beira da praia –mesmo que às vezes com água imprópria para banho–, impressiona qualquer um que já levou seu frango para lá nos anos 80 ou 90.

Entre esses edifícios estão os dois do Canto do Forte e da Aviação, vizinhos do Boqueirão e que abrigam as coberturas de mais de R$ 2 milhões.

Há hoje 132 prédios em construção na Praia Grande –quase um para cada 2.000 habitantes.

Um dos principais motivos da nova cara do município foi a urbanização da orla após a segunda metade dos anos 90, incluindo calçadão, ciclovia, quiosques e câmeras de segurança.

Rodrigo José Piccirillo, 31 anos, gerente da House Imóveis, conta que cinco anos atrás vendia de cinco a sete apartamentos por mês. Atualmente, a média é próxima de 15 negócios fechados.

“Muita gente passou a comprar não só para veraneio, mas para morar, mesmo que trabalhando em São Paulo. O novo Rodoanel, então, deixou ainda mais fácil.”

Fonte: Agora São Paulo