Apenas um caso de dengue foi confirmado em guia da cidade Praia Grande desde o início do ano, segundo informações da Secretaria de Saúde Pública (Sesap). Em relação ao ano passado, neste mesmo período, havia 1.482 pessoas infectadas. Já as notificações no ano de 2010, no Município, chegaram a 8.142.

De acordo com a Seção de Controle de Doenças da Sesap, o quadro satisfatório é resultado do empenho dos profissionais envolvidos com as visitas domiciliares e com a conscientização nas unidades básicas de saúde. Conforme a chefe do setor, Jaqueline Mariano de Souza, houve ampliação do trabalho de agentes da dengue. “As visitas têm sido acentuadas nos locais onde são identificados focos do mosquito. Embora haja grande empenho dos agentes, infelizmente há ainda muita desatenção por parte de moradores”, alerta.

Além do descuido com locais onde o mosquito Aedes aegypti se prolifera (vasos, calhas e recipientes com água parada), há ambientes em que agentes comunitários de saúde não têm acesso, como residências de temporada e até apartamentos habitados.

Segundo a chefe da Seção de Controle de Doenças, quando um agente se identifica aos porteiros dos edifícios é logo impedido de entrar. “Apartamentos também costumam possuir muitos criadouros e isso é uma ameaça aos moradores e a todos os que residem em seu entorno. Há áreas de serviço e sacadas que possuem vasos de plantas, ralos e outros pontos onde o inseto põe ovos”, alerta.

Por este motivo, o secretário de Saúde Pública, Adriano Springmann Bechara, disse que o recurso ao Ministério Público visando o acesso a imóveis fechados – especialmente aqueles em que são visíveis os focos do mosquito – é a única saída. “Quando observarmos que algum imóvel possui criadouros representando possíveis focos de doença, como uma piscina sem uso, por exemplo, a solução é buscar amparo na Justiça, já que situações assim representam iminente risco à saúde pública”, ressaltou.

Fonte: A Tribuna