Praia Grande terá evento sobre bem-estar animal
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011Em Praia Grande, locais como Via Expressa Sul, calçadas e ruas da periferia, telhados e orla da praia são lugares onde é possível encontrar muitos cães e gatos de rua ou “semi-domiciliares”. Estes últimos são aqueles animais cujos donos os criam soltos, não dando a mínima se representam um mal para a população ou que venham a ser vítimas de atropelamento ou veneno. A primeira impressão sobre isso é que a Prefeitura nada faz para mudar a situação.
A interpretação equivocada é justificada pelo desconhecimento por parte da maioria das pessoas sobre os problemas enfrentados pelo Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde Pública (Sesap). Segundo a chefe de Divisão de Controle de Zoonoses, Maria Fernanda Gonçalves, a principal barreira é exatamente o desprezo dos donos dos animais para com os riscos a que estão expostos seus bichos de estimação, criados à distância.
Por conta da constante presença de animais nas ruas da cidade, o Centro de Controle de Zoonoses está com animais acima de sua capacidade. São 47 cães e 32 gatos, que nas últimas semanas foram recolhidos ou deixados no local. “Tem sido comum achar animais pequenos por lá. Nesta semana, encontramos um caixa com 16 filhotes de gatos. Agora, não há mais como atender pedidos de apreensão de novos animais por não ter onde colocá-los”, lamenta Maria Fernanda.
A providência que tem sido tomada pelo setor é a castração de todos os cães e gatos que chegam ao Centro de Zoonoses. Por dia, são realizadas gratuitamente de 10 a 14 castrações. Conforme a chefe da Divisão, os procedimentos são realizados para atender pedidos de proprietários de animais ou quando são feitas eventuais apreensões.
De acordo com o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesap, Luiz Marono, embora as ações possam não ser suficientes, o comportamento dos profissionais que atuam no Centro de Controle de Zoonoses obedece ao que está previsto na Lei número 12.916, de 2008. “A lei estabelece que mesmo os animais que não têm dono, mas que são mantidos pela comunidade, devem ser considerados cães comunitários e, por esse motivo, devem ser devolvidos aos locais ainda que não tenham responsáveis definidos”, afirma.
Campanha – Para que cenas de animais mortos às margens de estradas, sendo devorados por urubus ou submetidos a sacrifício por terem adquirido doenças incuráveis nas ruas, a Prefeitura vai realizar um evento denominado Proteção e Posse Responsável de Animais. A mobilização acontecerá dia 2 de março, às 10 horas, no Espaço de Eventos Alvorada, no bairro Quietude.
Espera-se que ao menos 5 mil pessoas participem das atividades, que prevêem palestras, exibições do Canil da Guarda Civil Municipal de Praia Grande, distribuição de brindes e até doações de animais, inclusive da raça pitbull, já que segundo informações do setor na Cidade, são 11 animais e todos muito mansos. Assuntos como o Bem-Estar Animal serão debatidos por professores de cursos de Medicina Veterinária, de universidades da Baixada Santista.
Em razão da importância do assunto, especialmente para quem lida com animais no Estado, também foram convidados e já confirmaram presença representantes de orgãos como a ONG OSPIP (Organização São Paulo de Bem-Estar Animal), o Centro de Controle de Zoonoses da Baixada Santista, Centro de Apreensão de Animais Exóticos (Cetas). Haverá exposições de produtos por marcas como Laboratório Duprat e Stand Royal.
Para mais informações sobre agendamento de castrações, o telefone do Centro de Controle de Zoonoses de Praia Grande é o 3496-5275. O endereço da unidade é Rua Antonio Candido da Silva, sem número, bairro Vila Sônia.
Fonte: Prefeitura de Praia Grande